tag:blogger.com,1999:blog-52862400421439063672024-02-08T08:03:02.412-08:00HistóriaHistóriahttp://www.blogger.com/profile/14780860784886789119noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-5286240042143906367.post-28018533374007872202012-08-20T16:49:00.000-07:002012-08-20T16:49:18.042-07:00Segunda Etapa - Naiara, Anna e Stephanie<br />
<div align="center" style="line-height: 15.55pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Economia Cafeeira e o início da
Industrialização<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="line-height: 15.55pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Durante a Primeira República (1889-1930) a
economia brasileira se caracterizava pelo predomínio da atividade
agroexportadora. O café, o açúcar, a borracha, o cacau e o fumo eram os
principais produtos e geradores de rendas para o país. Já se registrava,
entretanto, o funcionamento de diversas indústrias, inauguradas desde as
últimas décadas século XIX. Diversos fatores explicam o nascimento da indústria
no Brasil. Um deles foi a formação do capital inicial a partir do comércio
exportador e da lavoura cafeeira. Ao aumentar a renda da população e a demanda
de produtos de consumo não duráveis, a política de valorização do café também
contribuiu para a expansão da atividade industrial. Outro elemento de estímulo
para a indústria foi a política de incentivo à imigração que aumentou o quadro
de trabalhadores no país, possibilitando a exploração da mão-de-obra a baixo
custo.<span class="apple-converted-space"> </span><br />
<br />
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, o fluxo internacional de
comércio sofreu uma drástica desaceleração. Aumentaram as dificuldades para a
exportação do café brasileiro, que foram ainda mais agravadas pela volumosa
safra de 1917-18. Paralelamente, porém, o conflito mundial favoreceu o processo
de industrialização do Brasil. A interrupção da entrada de capitais
estrangeiros e a obrigação de honrar os compromissos da dívida externa minaram
os estoques de divisas nacionais. Como conseqüência, foi necessário controlar
as importações, já prejudicadas devido à guerra, e promover a produção nacional
de artigos industrializados – coisa que já se processava antes mesmo da guerra,
mas agora com mais ênfase. Estima-se que a produção industrial brasileira
cresceu a uma taxa anual de 8,5% durante os anos de conflito.<span class="apple-converted-space"> </span><br />
<br />
Ao mesmo tempo que incentivava, a guerra criava limites à expansão da nossa
indústria ao impedir a reposição e manutenção de máquinas e equipamentos, pois
a maioria era ainda importada. O problema era que o Brasil continuava carente
de uma indústria de base que inclui a produção de aço, ferro e cimento. Data
somente de 1924 o início da produção de aço no país, pela siderúrgica
Belgo-Mineira, enquanto a produção de cimento, pela Companhia de Cimento
Portland, só se iniciou em 1926. Até 1950, o principal combustível brasileiro
era a lenha, sendo utilizada por cerca de 50% das pessoas.<span class="apple-converted-space"> </span><br />
<br />
O processo de industrialização da década de 1920 se dividiu em duas etapas: a
primeira até 1924, coincidindo com a terceira valorização do café (1921-24),
quando foram realizados importantes investimentos em maquinaria que levaram à
modernização da indústria; a segunda, de 1924 até 1929, quando ocorreu um
processo de desaceleração na produção industrial, em virtude da retomada do
fluxo de importações graças a uma taxa de câmbio que tornava mais barato a
produção do estrangeiro.<span class="apple-converted-space"> </span><br />
<br />
A despeito da relação entre café e indústria, que se refletia inclusive na
união das famílias por meio de casamentos ou no duplo papel do
cafeicultor-industrial, não se pode negar a existência de disputas entre
fazendeiros e industriais, principalmente quanto à delicada questão da elevação
de tarifas. Tanto a burguesia cafeeira quanto a nascente burguesia industrial
queriam proteger seus interesses. Assim, em 1922 foi criado o Instituto de
Defesa Permanente do Café, órgão destinado a organizar o mercado produtor
nacional (mas com outros interesses também). Não demorou muito para que essa
função passasse a ser de atribuição do Estado de São Paulo, com a criação, em
1924, do Instituto do Café de São Paulo. Os industriais também se organizaram
em diversas associações de classe, em cidades como São Paulo, Porto Alegre e
Rio de Janeiro. O Centro Industrial do Brasil (CIB), sediado no Rio de Janeiro,
o que um do que mais se destacou por procurar articular os interesses
empresariais em todo o país. Ao longo das greves ocorridas entre 1917 e 1920, o
Centro conseguiu garantir a união do setor industrial frente à classe operária.
O CIB também procurou limitar a intervenção do Estado na questão social, a fim
de evitar um excesso de ônus para os industriais e o cerceamento de sua
liberdade na condução das relações com o operariado. Mas não se deve romantizar
a história do CIB, porque claramente possuíam seus interesses também.<span class="apple-converted-space"> </span><br />
<br />
A crise política dos anos 1920 foi caracterizada pela rejeição do sistema
oligárquico, que era associado ao "rei Café". Seu desfecho foi o fim
da hegemonia da burguesia cafeeira na condução da economia e da política
brasileiras. Mas a estreita relação entre café e a indústria fez com que tanto
os cafeicultores quanto os industriais fossem identificados como beneficiários
da política do governo. De fato, os industriais - supostamente representantes
dos novos tempos - aliaram-se em sua maioria aos setores mais conservadores das
forças em luta – coisa que haviam feito também os cafeicultores durante largo
tempo. Ao se inaugurar a Era Vargas, apesar das dificuldades políticas e
econômicas enfrentadas, a industrialização do país já iniciara um caminho sem
retorno<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A Era Vargas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Houve muitos que consideraram um exagero retórico o uso
do termo revolução para designar o ocorrido em 1930. Na realidade, segundo esse
ponto de vista, a chamada Revolução de 1930 nada mais teria sido senão um golpe
que deslocou do poder de Estado um setor da oligarquia brasileira, para dar
lugar a um outro setor dessa mesma oligarquia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Evidentemente que a Revolução de 1930 não poder ser
comparada à Revolução francesa de 1789 ou à Revolução russa de 1917. Ela não
foi programada para produzir imediatas e radicais mudanças na estrutura sócio -
produtiva do país. Decorreu, sobretudo, do efeito dos limites a que chegou a
política econômica de proteção do café ante à violenta crise do capitalismo
mundial.<br />
<br />
Assim vista, a Revolução de 1930 se inscreve na vaga de instabilidade política
que tomou conta da América Latina na década de 30, a qual produziu grandes
agitações e golpes militares no Peru (1930), na Argentina (1930), no Chile
(1931), no Uruguai (1933), em Cuba (1933) e nas repúblicas centro-americanas,
no mesmo período.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O que não significa dizer, no entanto, que a Revolução de
1930 não tenha sido importante para o nosso passado. Pelo contrário. A
Revolução de 1930 foi decisiva para a mudança de rumos da história
brasileira.<br />
<br />
Ao afastar do poder os fazendeiros do café, que o vinham controlando desde o
governo de Prudente de Morais, em 1894, pavimentou o caminho para uma
significativa reorientação da política econômica do país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Tendo cortado o cordão umbilical que unia o café às
decisões governamentais atinentes ao conjunto da economia e da sociedade
brasileiras, a Revolução ensejou uma dinamização das atividades industriais.
Até 1930, os impulsos industrialistas derivavam do desempenho das exportações
agrícolas.<br />
<br />
A partir de 1930, a indústria passa a ser o setor mais prestigiado da economia,
concorrendo para importantes mudanças na estrutura da sociedade. Intensifica-se
o fluxo migratório do campo para os centros urbanos mais industrializados,
notadamente São Paulo e Rio de Janeiro, que, adicionado ao crescimento
vegetativo da população, proporciona uma maior oferta de mão-de-obra e o
aumento do consumo.<br />
<br />
Entre 1929 e 1937 a taxa de crescimento industrial foi da ordem de 50%,
tendo-se verificado, no mesmo período, a criação de 12.232 novos
estabelecimentos industriais no país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Desse modo, independentemente das origens sociais e das
motivações mais imediatas dos revolucionários, não há dúvida de que a Revolução
de 1930 constituiu uma ruptura no processo histórico brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 3;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 3; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Significado da era Vargas:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Getúlio implantou no país um novo estilo político - O
POPULISMO - e um modelo econômico baseado no intervencionismo estatal
objetivando desenvolver um capitalismo industrial nacional (processo de
substituição de importações).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Populismo é um fenômeno típico da América Latina,durante
o séc. XX,no momento de transição para estruturas econômicas mais modernas. Ele
significa "política de massas", ou seja, política que utiliza as
massas como elemento fundamental nas regras do jogo.<br />
<br />
Caracteriza-se pelo contato direto da liderança e o povo. Através dele, Getúlio
lutou contra as oligarquias, manteve o povo sob controle assumindo uma imagem
paternalista e consolidou a indústria dentro de um esquema intervencionista.Não
se tratava de povo no governo, mas de manipulação do povo para benefício do
próprio líder carismático e das elites possuidoras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 3;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Governo provisório
(1930-34) - fatos marcantes:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A Revolução constitucionalista de SP (1932): a pretexto
de democratizar e constitucionalizar o país, os cafeicultores de SP tentaram
voltar ao poder. Foram duramente reprimidos. Vargas, numa atitude claramente
populista, concilia-se com os vencidos: nomeia paulistas para cargos chaves e
mantém a política de valorização do café.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A constituição de 1934:</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> inspirada na
constituição democrática de Weimar (Alemanha), a 3ª constituição brasileira foi
promulgada com as seguintes características: federalismo, eleições diretas (a
partir de 38 - até lá Vargas seria o presidente) e secretas, voto feminino,
representação classista no congresso e leis sociais (salário mínimo e legalização
dos sindicatos). Apesar dos avanços, ela não tocou na estrutura agrária e nem
regulou as leis sociais o que impedia sua aplicação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 3;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Governo constitucional
(1934-37) - fatos marcantes:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A "intentona" comunista (1935):</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> as contradições
sociais aguçadas com o desenvolvimento industrial fortaleceram o partido
comunista. O objetivo do PC era criar alianças com setores mais progressistas
da sociedade por isso criou a Aliança Nacional Libertadora (ANL) com um
programa nacionalista, antifascista e democrático.<br />
<br />
Com a repressão de Vargas a ANL, os comunistas passaram a preparar uma
insurreição armada. Devido a não participação popular, a intentonaterminou em
uma "quartelada" fracassada liderada por Prestes. Os dois anos que se
seguiram foram marcados pelo fechamento político (estado de sítio) que
prenunciava a ditadura que se iniciaria em 1937.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A ascensão da ideologia fascista:</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> A ação integralista
brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado, foi a expressão típica do modelo
fascista no Brasil. Propunha o culto ao seu líder e uma retórica agressiva
anticomunista e nacionalista. O integralismo apoiou entusiasticamente o Golpe
de 37, no entanto, Vargas não dividiu os privilégios do poder com a AIB.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O plano COHEN:</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> Em determinado
momento, o governo anunciou ter descoberto um plano comunista subversivo e o
utilizou para dar o golpe de estado em 1937 cancelando as eleições de 1938. Na
verdade, o plano era falso e foi apenas o pretexto para a ditadura. Iniciava-se
o ESTADO NOVO.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A economia na Era Vargas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Aprofundamento da industrialização através do processo de
substituição de importações nos setores de bens de consumo não duráveis
(tecidos e alimentos) e, principalmente, dos bens intermediários (metalurgia e
siderurgia). O estado arcou com o ônus da industrialização numa demonstração de
nacionalismo econômico: foram criados a vale do rio doce, a siderúrgica
nacional e o conselho nacional de petróleo (nacionalização do refino, não a
estatização).<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A Experiência Democrática<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em dezembro
de 1945, o eleitorado brasileiro foi às urnas e, pelo voto secreto e sob a </span><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">fiscalização do Poder
Judiciário, elegeu o presidente da República, deputados federais e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">senadores. A eleição é
considerada a primeira efetivamente democrática ocorrida no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Os parlamentares formaram uma Assembléia
Nacional Constituinte, livremente eleita e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">politicamente soberana,
inaugurando, no Brasil, o regime de democracia representativa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Na Assembléia Constituinte estavam
representados diversos setores da sociedade <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">brasileira, de liberais
a comunistas. Embora sob forte influência da democracia-liberal <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">vitoriosa ao final da
Segunda Guerra Mundial e com o repúdio ao autoritarismo do Estado <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Novo, os constituintes
mantiveram alguns dispositivos inaugurados nos anos 1930. Evitaram <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">o retorno à excessiva
descentralização política da Primeira
República, permitiram que o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Executivo tivesse suas
prerrogativas ampliadas e conservaram a legislação corporativista. O <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">pluralismo partidário,
portanto, passou a coexistir com a unicidade sindical. Os constituintes <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">estavam afinados com os
ventos liberais-democráticos que vinham da Europa e dos Estados <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Unidos, mas não
desconheceram as experiências vividas no próprio país nos anos 1930. O <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">resultado foi uma
Constituição que sustentou a democracia representativa, implantada, pela <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">primeira vez, no Brasil.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> As dificuldades para viabilizar o regime
democrático no Brasil devem ter sido <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">imensas. Afinal, os
antecedentes conhecidos eram o
autoritarismo dos anos 1930 e o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">liberalismo excludente
da Primeira República. Até então, a sociedade brasileira não conhecera <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">experiências de
participação política ampliada. Era preciso, portanto, aprender a lidar com as <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">regras do jogo
democrático e a participar delas. Na década de 1930 a sociedade brasileira <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">havia tido um importante
aprendizado: o exercício dos direitos sociais com a promulgação das <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">leis trabalhistas. É
possível afirmar que o aprendizado de cidadania social já estava <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">consolidado em fins de
1945. Mas com a Constituição de 1946, os brasileiros tiveram acesso <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">aos direitos políticos.
O momento que se abria era de grande
importância: aprender a lidar <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">com os direitos
políticos e a exercer os direitos civis.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pela primeira vez na
história do país, surgiram e se fortaleceram partidos políticos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">nacionais com programas
ideológicos definidos e identificados com o eleitorado <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> É necessário considerar, no entanto, as
eleições de 1933 que constituíram a Assembléia Nacional Constituinte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Com o pleito foi instituído o voto secreto
e a Justiça Eleitoral. As mulheres obtiveram o direito de votar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Contudo, as inovações de cunho democrático
foram interrompidas pelo golpe do Estado Novo. República, em ambos os casos
instrumentos das elites. As eleições tornaram-se sistemáticas e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">periódicas para os
cargos do Executivo e do Legislativo nos planos federal, estadual e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">municipal, e
contribuíram para consolidar um sistema partidário nacional que expressava as <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">diversas correntes de
opinião do eleitorado. Os estudos demonstram que, naquele período, se <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">fortaleceram os vínculos
programáticos e ideológicos entre os partidos e o eleitorado. Na <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">avaliação de Antonio
Lavareda, tratou-se de um sistema partidário-eleitoral que, no início dos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">anos 1960, estava
consolidado. Mesmo com as dificuldades existentes, foi, para o autor, “uma <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">experiência
privilegiada”, combinando a ampliação dos direitos políticos dos cidadãos, a <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">nacionalização dos
partidos políticos e um rápido processo de urbanização que emancipou <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">politicamente amplos
contingentes da população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Com base no sufrágio universal e com alto
grau de competitividade, as eleições eram fiscalizadas pela Justiça Eleitoral,
permitindo que a sociedade brasileira,
no dizer de Angela de Castro Gomes,
conhecesse “o que se chama ‘aprendizado da política’ eleitoral em novos e mais
amplos marcos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Os trabalhadores surgiram no cenário
político durante a transição democrática, ao <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">longo do ano de 1945,
participando ativamente do movimento queremista. Até março de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">1964, manifestaram-se
por meio de seus sindicatos e de partidos políticos, em particular o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">PTB e o PCB, com greves,
manifestações públicas e nas campanhas eleitorais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Dificilmente outro período na história
política brasileira tenha tido a quantidade de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">títulos de jornais
publicados como no período 1946-1964, caracterizando uma imprensa que <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">expressava diversas
vertentes da opinião pública e atuando
de maneira livre da censura <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">estatal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Os governos, na época, eram fiscalizados
e cobrados pelos órgãos de comunicação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Da reforma do Jornal do Brasil ao surgimento impactante
de Última Hora, a imprensa <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">brasileira se
transformou. Deixou a fase do “jornalismo literário” para ingressar no <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“jornalismo
empresarial”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Nos jornais e nas revistas, os cidadãos
buscavam informações e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">formavam sua própria
opinião. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> A
intelectualidade brasileira participou ativamente dos debates sobre os rumos do
país, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">especialmente no tocante
aos projetos de desenvolvimento e à questão democrática. A <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Antônio Lavareda. A democracia nas urnas. O processo
partidário-eleitoral brasileiro (1945-1964). Rio de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A população do Rio de
Janeiro, capital da República, dispunha de cinco grandes jornais: Correio da
Manhã, Jornal do Brasil, O Globo, O Jornal e Última Hora. Com menor circulação
havia o Diário Carioca, Diário da Noite, O Dia, Imprensa Popular, Jornal dos
Sports, Tribuna da Imprensa, entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Muitos historiadores negam o caráter
democrático do regime instaurado em 1946. Em geral <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">dois argumentos são
muito utilizados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O primeiro é que no
governo de Eurico Dutra o Partido Comunista (PCB) foi posto na <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ilegalidade, enquanto
seus militantes sofreram perseguições e o movimento operário foi <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">cerceado pelo aparato
policial repressivo. De fato, um ano após a promulgação da nova <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Constituição, em 1947,
as relações internacionais foram alteradas profundamente com o clima <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">beligerante da Guerra
Fria. O Brasil não ficou imune aos conflitos entre Estados Unidos e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">União Soviética e, em
vários setores da sociedade, despontou o sentimento anticomunista. O <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">PCB teve seu registro
cassado pelo Superior Tribunal Eleitoral e forte repressão se abateu <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">sobre o movimento
sindical. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas devemos perguntar
se, na mesma época, foi diferente na maior democracia <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ocidental, os Estados
Unidos, com os comitês de atividades antiamericanas, o macarthismo, as <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">listras negras de
artistas e intelectuais, a lei Taft-Hartler e a intromissão do FBI na vida <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">privada dos cidadãos.
Com a promulgação do Communist Control
Act, atividades <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">consideradas
“comunistas” foram criminalizadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> O Partido Comunista Americano não <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">chegou a ser cassado,
como no caso brasileiro, mas o cerceamento
foi tamanho que, na <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">prática, ele foi banido
da vida política do país. O conjunto de medidas acuou as esquerdas e o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">movimento sindical,
alimentando a histeria anticomunista. Na Alemanha (antiga Ocidental), o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Partido Comunista foi
declarado ilegal em 1956. Mas nem por isso tais países foram <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">considerados como “não
democráticos”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Em outro aspecto, não se considera que
existiram alterações e ritmos variados nas <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">relações entre Estado e
o movimento comunista no Brasil. Se durante o governo Dutra a <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">repressão policial aos
militantes revolucionários foi violenta, em 1951 João Goulart, na <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">presidência do PTB,
avalizou aliança entre os trabalhistas e os comunistas no plano sindical. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> O Congresso norte-americano, em 1947,
aprovou a lei Taft-Hartley, tornando ilegais determinadas greves e limitando a
representação sindical no país. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> O
Communist Control Act foi aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos em
1954. Em sua gestão no Ministério do
Trabalho, dois anos depois, os pecebistas
assumiram a direção de sindicatos sem perseguições ou empecilhos legais.
Durante os governos de Juscelino Kubitschek e João Goulart, eles agiram
livremente, em situação de semilegalidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Outro argumento para desqualificar o
caráter democrático do regime é a interdição do <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">direito de votar dos
analfabetos. Como no caso dos comunistas, sem dúvida que se tratou de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">uma limitação das
prerrogativas democráticas. Contudo, é preciso considerar a ampliação do <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">direito ao voto no
Brasil nessa época. Segundo Gláucio Ary Dillon Soares, o regime da Carta <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">de 1946 teve como
principal êxito a ampliação dos direitos de cidadania política. Na primeira <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">eleição, a de dezembro
de 1945, votaram cerca de 7,5 milhões de pessoas, contra 1,5 milhão <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">no pleito de 1933. Ao
longo dos anos, o alistamento eleitoral não parou de crescer, chegando <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">a 18,5 milhões de
cidadãos votando em 1962 – duas vezes e meia comparando a 1945 e 12 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">vezes a mais que 1933.
No caso das eleições presidenciais, o número de participantes dobrou: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">de 6 milhões de votantes
na primeira eleição para presidente, alcançou 12 milhões em 1960.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> O
crescimento do número de votantes foi devido à expansão do sistema educacional:
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">os analfabetos eram 54%
em 1945 e passaram para 36% em 1962. Além disso, o número de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">novos eleitores foi
maior que o aumento da população. “O aumento de 11 milhões de eleitores <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">mostra que a cidadania
se ampliou gradualmente, democratizando o eleitorado”, afirma <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Gláucio Ary Dillon
Soares. Além disso, continua o mesmo autor, “outro impacto positivo <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">para a democracia foi
inculcar na cultura brasileira o valor do voto, divulgando a idéia de que <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">votar era bom e um
direito ao qual amplos setores da população também deveriam ter <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">acesso”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Contudo, muitos estudos na área de História
apresentam dificuldades de reconhecer a <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">importância dos direitos
civis e de valorizar os direitos políticos nos regimes de democracia <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">representativa,
preferindo centrar o foco nos mecanismos de manipulação ideológica, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">dominação política e
controle social. Essa, a meu ver, é a questão central quando se <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">desqualifica a
experiência de 1946-1964 como um período democrático. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Os que resistem em admitir que o país conheceu
uma experiência liberal-democrática, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">pensando no governo
Dutra, na cassação do registro do PCB e na interdição dos analfabetos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ao direito de votar,
baseiam-se, muitas vezes, em uma receita prévia de democracia, não <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">considerando que esta
não surge pronta, como um receituário, mas é conquistada, ampliada e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“inventada”, no dizer de
Claude Lefort. A democracia resulta de demandas da própria <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> A desqualificação da experiência
democrática inaugurada em 1946 tem uma história. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Começou mesmo ainda
durante sua própria existência. Grupos políticos inconformados com <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">as derrotas eleitorais,
em particular os setores mais conservadores da UDN e das Forças <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Armadas, passaram a
desqualificar o regime, alegando a “manipulação” e “demagogia” de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">trabalhistas e
pessedistas, além da “corrupção” vigente no movimento sindical, cuja origem <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">era o imposto sindical.
Para os grupos civis e militares golpistas, a democracia no Brasil <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">estaria condenada em seu
nascedouro pela “demagogia getulista”, sendo necessário “saneá-la” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">– para usar uma
expressão recorrente no vocabulário desse grupo político. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas os ataques ao regime
da Carta de 1946 tomaram força com o golpe civil-militar <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">que, em 1964, encerrou
aquela experiência democrática. O conjunto de forças políticas que <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">apoiou o golpe de Estado
e sustentou a ditadura formulou uma série de imagens <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">desqualificadoras sobre
o período, a exemplo da “corrupção”, da “incompetência” e da <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“demagogia”. Para as
direitas que tomaram o poder com o golpe de 1964, haveria no país um <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">povo “ingênuo” e
destituído de “cultura” política e, por isso, facilmente manipulado por <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">líderes políticos
inescrupulosos. Mas setores das esquerdas que se declaravam revolucionárias <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">também elaboraram
representações igualmente demeritórias, sobretudo no tocante à <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“manipulação” dos
operários por lideranças exteriores à classe, a exemplo de políticos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">reformistas e
sindicalistas “pelegos”. Para as direitas, inexistiria o cidadão cônscio de
seus <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">direitos, enquanto para
as esquerdas os operários ainda não estariam conscientes de seus <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“verdadeiros” interesses
de classe. Ao lado das direitas e das esquerdas, muitos intelectuais e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">a imprensa também
colaboraram para as versões negativas que se formavam sobre o período <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">1946-1964. Criou-se, assim,
um conjunto de imagens e representações
que se firmou no <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">imaginário acadêmico
brasileiro durante muitos anos: as dificuldades da sociedade brasileira <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">em conviver com
instituições democráticas, resultando no fracasso da experiência
liberaldemocrática no Brasil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Também
contribuiu para a desqualificação do período a pouca dedicação dos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">historiadores
brasileiros por temporalidades mais recentes. Enquanto a época colonial e o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">século XIX, em
particular o tema da escravidão, apresentam pesquisas de longa data, os <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">estudos sobre a
República brasileira são recentes. As primeiras pesquisas publicadas sobre o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">governo de Vargas, por
exemplo, datam de meados dos anos 1980. Sobre o período 1946-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">1964 encontramos o pouco
interesse dos historiadores. Os grandes temas sobre o período <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">foram pesquisados nas
áreas da Ciência Política e da Sociologia, com trabalhos que se tornaram
referências.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Recentemente, encontramos inúmeras
pesquisas produzidas por <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">historiadores voltadas
para o estudo da ditadura militar. O regime político inaugurado com a <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Constituição de 1946
pode ser considerado o período menos pesquisado entre os historiadores <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">brasileiros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> A
pouca dedicação dos historiadores e as imagens fortemente introjetadas no <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">imaginário acadêmico que
desqualificam o período reforçaram a caracterização do regime <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">político como populista. Durante muitos anos, a experiência
democrática que se abriu em <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">1945 com o fim do Estado
Novo e se encerrou com o golpe civil-militar de 1964 ficou <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">conhecida por categorias
pejorativas como período populista, república populista ou <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">democracia populista. O
sindicalismo, igualmente populista, ainda recebeu a qualificação de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“velho”. As expressões
podem ser encontradas tanto em livros
didáticos quanto em textos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">produzidos nas
universidades. Nada há de ingênuo nessas maneiras de nomear aquele período <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">da história do país. O
objetivo é desqualificar o regime de 1946-1964 como uma experiência <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">de democracia representativa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Uma das imagens que mais desmereceram a
sociedade brasileira daquela época foi, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">sem dúvida, a do populismo. Diversos pesquisadores,
atualmente, criticam a expressão por <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">sua excessiva
generalização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Por
sua elasticidade, o termo populismo se
esforça por dar <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">conta de diferentes
projetos e tradições políticas sob as mesmas características. Além disso, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">populismo é imagem que
desqualifica a sociedade brasileira para o exercício da democracia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A expressão sugere a
existência de lideranças cínicas e superconscientes capazes de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“enganar” o eleitorado e
os trabalhadores em particular. O “povo”, nesse sentido, não saberia <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">votar – é o que fica
subentendido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mesmo que superadas por
pesquisas mais recentes, as teses tradicionais ainda são <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">bastante aceitas. É o
caso dos textos que afirmam o caráter artificial do sistema partidário, de <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">pouco enraizamento na
sociedade, sem consistência ideológica e ainda dominado por <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">lideranças carismáticas;
ou do corporativismo e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">que teriam desviado a
classe operária de seus “verdadeiros” interesses, instituindo a “tutela” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">do Estado sobre os
trabalhadores. Outras teses falam do “agrarismo”, do “clientelismo”, do <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“patrimonialismo”, da
“sociedade de massas”, dos “líderes carismáticos” e do “populismo”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> O estudo do movimento sindical entre 1945
e 1964 também foi objeto de preocupação de sociólogos e cientistas políticos.
Contudo, em período mais recente, historiadores se dedicaram à pesquisa do
tema, inovando as análises em diversos aspectos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> As imagens desmerecedoras do passado
encobrem a atuação política dos atores <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">sociais, marginalizando
vivências e experiências de trabalhadores em seus sindicatos, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">camponeses em suas
ligas, estudantes em suas entidades de representação, empresários em <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">suas associações e
diversos outros grupos sociais que, em suas organizações, atuaram <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">politicamente. Não
ingenuamente, grandes mobilizações e conflitos sociais são silenciados e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">desvalorizados porque
resultados da “política populista”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Portanto, acredito não
apenas na necessidade de desenvolver pesquisas sobre o <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">período, mas em
estabelecer uma revisão historiográfica e conceitual sobre a experiência <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">liberal-democrática
brasileira inaugurada em 1946. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Ditadura Militar</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Podemos
definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que
os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985.
Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos
constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra
o regime militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O
golpe militar de 1964</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A
crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice
de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso.
O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações
sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço,
causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os
empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos
temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste
período, o mundo vivia o auge da <a href="http://www.suapesquisa.com/guerrafria"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">Guerra Fria</span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Este
estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA,
que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe <a href="http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">comunista</span></a>.<br />
<br />
Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido
Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de
esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o
Brasil enfrentava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">No
dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do
Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango
prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do
país.<br />
<br />
Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação
contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela
Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São
Paulo.<br />
<br />
O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31
de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar
uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares
tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1).
Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a
estabilidade de funcionários públicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">GOVERNO
CASTELLO BRANCO (1964-1967)</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Castello
Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da
República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a
democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Estabeleceu <a href="http://www.suapesquisa.com/eleicoes2006"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">eleições</span></a> indiretas
para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares
federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus
direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam
intervenção do governo militar.<br />
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento
de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora
Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma
controlada, o segundo representava os militares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O
governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova <a href="http://www.suapesquisa.com/o_que_e/constituicao.htm"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">Constituição</span></a> para o país. Aprovada neste mesmo ano, a
Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas
de atuação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">GOVERNO
COSTA E SILVA (1967-1969)</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em
1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito
indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e
manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE
(União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem
Mil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em
Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto
ao regime militar.<br />
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de
esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o
movimento de oposição armada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">No
dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 (
AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou
mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão
militar e policial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">GOVERNO
DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Doente,
Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros
Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de
Sousa e Melo (Aeronáutica). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Dois
grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN seqüestram o embaixador dos EUA Charles
Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência
conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de
Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de
"guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">No
final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de
repressão em São Paulo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">GOVERNO
MEDICI (1969-1974)</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em
1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu
Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período,
conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e
uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas,
livros, peças de teatro, filmes, <a href="http://www.suapesquisa.com/mpb"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">músicas</span></a> e outras formas de expressão artística são
censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são
investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento
de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua
como centro de investigação e repressão do governo militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Ganha
força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do
Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.<br />
<br />
<b>O Milagre Econômico</b><b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Na
área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973
ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a
uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a <a href="http://www.suapesquisa.com/o_que_e/inflacao.htm"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">inflação</span></a> beirava
os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e
estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram
milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram
executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Porém,
todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no
futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma <a href="http://www.suapesquisa.com/economia/divida_externa.htm"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">dívida externa</span></a> elevada para os padrões econômicos do<a href="http://www.suapesquisa.com/paises/brasil"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">Brasil</span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">GOVERNO
GEISEL (1974-1979)</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em
1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo
de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre
econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a
recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os
créditos e empréstimos internacionais diminuem.<br />
<br />
Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política
começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos
para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das
grandes cidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Os
militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam
a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista
Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em
janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação
semelhante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em
1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a
volta da democracia no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">GOVERNO
FIGUEIREDO (1979-1985)</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A
vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de
redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia,
concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais
brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha
dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos
da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de
1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro.
O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até
hoje nada tenha sido provado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em
1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país.
Os <a href="http://www.suapesquisa.com/partidos"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">partidos</span></a> voltam
a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS,
enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos
Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A
Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já</span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 41.85pt; margin-right: 41.85pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Nos
últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação
é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o
surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.<br />
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de <a href="http://www.suapesquisa.com/futebol"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">futebol</span></a> e
milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era
favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições
diretas para <a href="http://www.suapesquisa.com/presidentesdobrasil"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">presidente</span></a> naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda
não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.<br />
<br />
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado
Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da
República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado
pelo PMDB e pela Frente Liberal.<br />
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir
e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma
nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da
ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Neoliberalismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><a href="http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u74.jhtm"><span style="background: white; color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">governo Collor</span></a><span style="background: white;">,
no início da década de 1990, os produtos importados passaram a invadir o
mercado brasileiro, com a redução dos impostos de importação. A oferta de
produtos cresceu e os preços de algumas mercadorias caíram ou se estabilizaram.
Os efeitos iniciais destas medidas indicavam que o governo estava no caminho
certo, ao debelar a<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://educacao.uol.com.br/matematica/ult1692u1.jhtm"><span style="background: white; color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">inflação</span></a><span class="apple-converted-space"><span style="background: white;"> </span></span><span style="background: white;">que
havia atingido patamares elevados no final da década de 1980 e início da década
de 1990, mas isso durou pouco tempo.</span><br />
<br />
<span style="background: white;">Ao mesmo tempo, o governo passou a incentivar os
investimentos externos no Brasil mediante incentivos fiscais e privatização das
empresas estatais. No entanto, estes investimentos chegaram um pouco mais
tarde, dado o receio dos investidores frente à instabilidade econômica do país
naquele momento.</span><br />
<br />
<span style="background: white;">O processo acelerado de abertura econômica, mais
intenso no<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u75.jhtm"><span style="background: white; color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">governo Fernando Henrique Cardoso</span></a><span style="background: white;">, fez com que muitas empresas não conseguissem se adaptar
às novas regras de mercado, levando-as à falência ou a vender seu patrimônio.
Muitas multinacionais compraram essas empresas nacionais ou associaram-se a
elas. Em apenas uma década as multinacionais mais que dobraram sua participação
na economia brasileira.</span><br />
<br />
<span style="background: white;">O governo<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u73.jhtm"><span style="background: white; color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">Lula</span></a><span class="apple-converted-space"><span style="background: white;"> </span></span><span style="background: white;">não
mudou a orientação da política eco</span></span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">nômica
do governo que o antecedeu.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Históriahttp://www.blogger.com/profile/14780860784886789119noreply@blogger.com0